segunda-feira, 16 de abril de 2012

cara lavada

lá fora a chuva cai,
da cara aos pés
do cristo.
eu aqui, fumo
mais um cigarro
insone.
raphael fonseca

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Diela Jakarta



[nenh]um sonho.

estou dormindo. sonhando com um lugar claro, cheio de luz e que possa respirar melhor. ando por um lugar onde não reconheço muitas coisas, pessoa nenhuma.
sentindo uma saudade do que não queria. feliz do que estou vivendo, mas ainda assim, sentindo um agonia.


é que você está dormindo. sonhando com um lugar escuro. no meio da luz, onde poderia respirar. reconhecendo as coisas mas tentando mudar as pessoas de lugar.
sentindo uma pressa que não cabe. feliz de estar vivendo, mas ainda assim, sonhando com outro lugar.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

água-mãe

um filme de Alex Cortes



fotos: Raphael Fonseca

(d)e manhã

a cabeça avoa. o corpo, acompanha.
pesadoleve. pesadoleve.
o horizonte se abre. o sol nascente confirmando o que se veja.
o que eu seja, onde e quando
mais
um pouco de sol (d)e manhã.
hoje tem lua crescente.

Raphael Fonseca

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

volta e 1/2.


razante voô
sem volta atrás
mergulho no raso
cabeça na areia
rua escura, bebedeira
volta e meia, água
volta e meia, vento
água raz
água com gás
beira de rua
e areia
volta e meia
a orla
se perde na margem.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

o gosto.


o sol
a praia o sal.
um garoto
entrou pela janela
aberta
espaço vazio.
tocou o rosto
a boca
imensa
sentiu o gosto.

foto: Daniel Klajmic

domingo, 21 de agosto de 2011

o centro de artes hélio oiticica.

estive no centro de artes hélio oiticica, e pude constatar, para minha infelicidade, que o centro está um tanto abandonado e que lá não há uma obra sequer do artista que dá nome ao lugar. e apesar da ótima exposição de arte contemporanêa africana(benim), não há uma sala com obras do hélio, fotos ou peças, não há nada dele no centro.
conversamos com um funcionário, que nos foi muitissímo simpático e solícito, e ele nos disse que sim, havia muitas obras do artista por lá e que também tinha uma sala dedicada ao projeto HO, mas que depois da posse de eduardo paes como prefeito do rio de janeiro, um acordo não teria sido renovado com a família oiticica para que as obras permanececem lá, voltando para a casa deles no jardim botânico. e o único material impresso sobre o artista que existe no centro, é apenas um cronologia de sua vida, contando os fatos mais importantes, não muito detalhados, e há também um material igual sobre seu pai, josé oiticica filho que era cientista, com numerosos trabalhos de fotografia e pintura, só que esse só está disponível em francês.
assim sendo, o centro fica um tanto descaracterizado e a obra do artista cada vez menos conhecida. vez ou outra, algumas dessas obras podem ser vistas em exposições coletivas sobre arte brasileira das decádas de 60 e 70, no MAM. no guggenheim ou no moma, com certeza deve haver uma sala ou alguma peça do hélio. um artista tão significativo não merece ter sua obra tão mal admistrada assim, e o centro que leva seu nome, não fazer jus a essa grife da arte moderna mundial.
algo para mudar essa realidade precisa ser feito, rapidamente.

Raphael Fonseca